Nossos amados apóstolos, discípulos e missionários 
"Se esse movimento vem de Deus, ele vai gerar muitas vocações. E se não vem de Deus, daqui a pouco ele acaba" Dom Vicente Scherer

Espaço Musical - O Ínicio

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Sábado de Aleluia


O Sábado de Aleluia ou Sábado Santo como algumas vezes é chamado, é o segundo dia do Tríduo: no chão junto a ele, durante sete dias e sete noites, com Cristo no sepulcro.

Durante o Sábado Santo nós, como Igreja, devemos permanecer junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos, e esperando no jejum e na oração pela sua Ressurreição.

Nesse dia de silêncio e reflexão, todos os sinos e instrumentos se calam. O Aleluia é ensaiado em voz baixa. Esse dia serve para que nos aprofundemos em nossa fé, pois o sacrário está aberto e vazio, a igreja apagada e o altar, despojado. A cruz continua no alto desde o dia anterior, no centro, com um pano vermelho. Deus está morto. É o dia da ausência já que o Cristo nos foi tirado e a dor e a solidão tomam lugar. Ele próprio se calou. Consummantum est, tudo está consumado. Esse mistério pode, entretanto, ser chamado de plenitude da Palavra, fulget crucis mysterium, e resplandece o mistério da Cruz.

O Sábado Santo é algo parecido com a cena no livro de Jó, quando os amigos que foram visitá-lo, ao ver seu estado, ficaram mudos e atônitos frente à sua dor:

"Sentaram-se no chão ao lado dele, sete dias e sete noites, sem dizer-lhe uma palavra, vendo como era atroz o seu sofrimento."
                                           Jó 2, 13

Ou seja, não podemos ter a visão de que o Sábado de Aleluia seja uma Sexta-feira Santa duplicada, onde "não acontece nada", mas a grande lição é que Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, no mais profundo que uma pessoa pode ir. E junto dele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa calada como Ele.

O sábado é o dia "ponte" entre o momento em que Jesus morreu na cruz, na Sexta-Feira, e a sua Ressureição no Domingo de Páscoa. Então esse dia se torna o grande mistério do Tríduo Pascal, onde ficamos à espera da sua volta, com a dor da crucificação mas ainda assim alimentando a fé e a esperança da sua volta, depois de manifestar seu repouso após a salvação dos homens. 

Nesse dia não se celebram nenhum dos Sacramentos, com exceção do Sacramento da Volta. E Eucaristia só é dada em caso de morte e apenas a Liturgia das Horas é feita.

A Vigília Pascal

Depois do anoitecer, a Vigília Pascal tem início com a Liturgia da Luz, que começa com as luzes da igreja apagadas e a reunião dos fiéis. Esta é uma Vigília em honra do Senhor, segundo uma tradição muito antiga.

"Foi uma noite de vigília para o Senhor, a fim de tirá-los do Egito: essa mesma noite é uma vigília para ser celebrada de geração em geração por todos os israelitas, em honra do Senhor."
                                                                                                                                             Ex 12, 42

de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (Lc 12, 35ss), tenham acesas as luzes como os que aguardam a seu Senhor, quando chega, para que, ao chegar, os encontre em Vigília e os faça sentar em sua mesa. A Vigília ocorre segundo a ordem:

Breve lucernário – abençoa-se o fogo, símbolo do esplendor do Ressuscitado. Prepara-se o círio pascal, vela em que o celebrante marca uma cruz e as letras Alfa e Ômega, que representam Cristo, Princípio e Fim de tudo e de todos.

A vela é acesa e segue o antigo rito do Lucernário. Um sacerdote ou diácono carrega o círio pela igreja escura, parando três vezes e aclamando "Lumen Christi" (Luz de Cristo), e a assembleia responde dizendo "Deo Gratias" (Graças a Deus). A vela percorre a igreja e todos acendem suas velas menores na chama do círio, representando a "Luz de Cristo" se espalhando por todos e acabando com a escuridão. O círio é colocado em destaque e é cantado o tradicional Exulted.
Liturgia da Palavra – apagam-se as velas e se inicia a Liturgia da Palavra, composta de sete leituras do Antigo Testamento, que são como um resumo de toda a História da Salvação. Cada leitura é seguida por um salmo e uma oração. Depois de concluir estas leituras, é entoado solenemente o Gloria in excelsis Deo (“Glória a Deus nas alturas”). Os sinos, sinetas e campainhas da igreja devem ser tocados. É a primeira vez que se entoa o “Glória” desde a Quarta-feira de Cinzas, com exceção da Quinta-feira Santa. Lê-se um texto da Epístola aos Romanos e o Salmo 118.

O “Aleluia” é cantado também de forma muito solene, pois não se entoava desde o início da Quaresma.

Liturgia Batismal – na Liturgia Batismal, a água da pia batismal é abençoada e pode-se haver batizados neste momentos. Depois, todos renovam os seus votos batismais e recebem a aspersão da água. A oração dos fiéis se segue e a Liturgia Eucarística continua como de costume. Esta é a primeira Missa do dia da Páscoa.
Liturgia Eucarística – ao se aproximar o dia da Ressurreição, a Igreja é convidada a participar do banquete eucarístico, que por sua Morte e Ressurreição, o Senhor preparou para seu povo.

Toda a celebração da Vigília Pascal é realizada durante a noite, de tal maneira que não se deva começar antes de anoitecer, ou se termine a aurora do Domingo.
A missa ainda que se celebre antes da meia noite, é a Missa Pascal do Domingo da Ressurreição. Os que participam desta missa, podem voltar a comungar na segunda Missa de Páscoa.

O sacerdote e os ministros se revestem de branco para a Missa. Preparam-se as velas para todos os que participem da Vigília.

Que possamos viver de coração estes dias, com sincera mediação e esperança para a Ressurreição de nosso Senhor, e com o silêncio de Maria.



Um abraço a todos e que Deus os abençoe!


Diego Dias
Vogalia de Comunicação







Sexta-feira santa


A Paixão de Cristo

A Sexta-feira Santa é o momento mais marcante da semana santa, que nos faz refletir sobre o grande amor de Jesus para com a humanidade, entregando sua vida para nos salvar. Por isso Ele pôde afirmar: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos." (Jo 15,12) Celebramos esse dia com a proclamação da Palavra de Deus e a adoração da cruz, "da qual pendeu a salvação do mundo". Tudo se cala diante do grandioso mistério de um Deus que se imola pela salvação de todos nós pecadores.

Ela para nós Católicos, é um dia extremamente marcado pelo silêncio. Jesus, após sua prisão, foi interrogado, humilhado e torturado durante toda a noite, e a cruel agonia vivida por 3 horas, onde muitas vezes nós não conseguimos dimensionar o que foi o sofrimento de Jesus, porque ao se ler os textos não levamos em consideração o espaço de tempo que levou de sua prisão até sua morte.
Jesus disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou".(Lucas 23:46).

A Sexta-feira Santa é dia de jejum e oportunidade para revermos nossas vidas, nossas atitudes e desobediências perante a vontade de Deus.

Reviver essa parte do Evangelho é voltar o pensamento para refletir sobre o amor de Deus pela humanidade, uma vez que a Paixão de Cristo remete à prova maior do amor do Pai, que entregou seu Filho amado pela salvação dos homens. Toda atenção e detalhamento que Marcos faz em sua narração, demonstra a tamanha preocupação com cada instante final de Jesus que se torna um convite para retomar o alerta: "Vigiai!".
Que possamos então vivenciar mais uma vez e colocar em prática a nossa fé, a fé que muitas vezes não conseguimos suportar a cruz que carregamos e nos abatemos por fatos ou situação que no cotidiano são como um grão de areia. A cruz que Deus nos deu cabe exatamente nos nossos ombros nem grande e nem pequena, mas do tamanho que somos capazes de carregar e suportar!


Um grande abraço e que Deus abençoe vocês!


Carla Graczcki
Vogalia de Comunicação